A João Pessoa Film Commission (JPFC), criada pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), está articulando a realização do set de mais uma produção na capital paraibana. Desta vez, é um documentário ficcional em curta metragem intitulado ‘Uma vida que se tem, uma vida que se quer – Tomás Santa Rosa’, que fala sobre a vida do multifacetado artista afro-paraibano.
“Esse é um trabalho muito importante que a Funjope faz a partir da sua Film Commission. Nós criamos a JPFC como um instrumento para integrar e unificar todos os protocolos de produção audiovisual na cidade de João Pessoa”, observa o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele lembra que poucas cidades brasileiras têm Film Commission e João Pessoa criou a sua dois anos atrás depois de muito diálogo com o setor produtivo do município. “Contamos com a colaboração intensa de diversas secretarias do governo municipal, órgãos do governo estadual para, por meio de um único protocolo, conseguir facilitar e dinamizar o processo produtivo do audiovisual”, complementou o diretor.
“Às vezes, uma empresa que iria fazer um filme, uma série em João Pessoa precisava entrar com pedido em lugares distintos na Sedurb (Desenvolvimento Urbano), na Seinfra (Infraestrutura), na Emlur (Limpeza Urbana), em todos os órgãos. Agora não. Ela pode entrar por meio de uma porta única, que é a JPFC, e garantir o processo de aceleração da sua produção”, pontua.
Isso, conforme avalia o diretor, dá economia para os produtores e gera tranquilidade, além de atrair produções para João Pessoa. “Na verdade, a JPFC é também uma ferramenta de atração de investimentos, de produções de audiovisual para a cidade. Agradeço a todas as secretarias que têm nos ajudado nesse processo”, acrescenta.
“Importante ressaltar que a João Pessoa Film Commission é um trabalho conjunto, composto por diversas secretarias e autarquias da Prefeitura de João Pessoa que, juntas, prestam serviços e viabilizam o trabalho das produções audiovisuais em João Pessoa”, emenda o chefe da Divisão de Audiovisual da Funjope, Paulo Roberto.
Ele frisa ainda que a Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb) e a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) prestaram serviços para essa produção, mas outras já participaram, como a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur).
A diretora de produção Carolina Porto ressalta a importância da João Pessoa Film Commission nesse processo. “É importante porque dá segurança, celeridade e também suporte a produções que precisam se deslocar com objetividade, fluidez e praticidade nesse processo dos sets”, pontua.
“É uma iniciativa importante e que dá uma certa sustentabilidade às produções, visto que trabalhamos em parceria com a gestão pública. É um acolhimento necessário para que possamos contar nossas histórias, para que possamos ter essas vivências profissionais, culturais, históricas e artísticas”.
Ela acredita que isso torna as produções mais fluidas. “Nós trabalhamos com uma previsibilidade um pouco maior dentro das nossas produções. Então, agiliza os processos, planejamento de set, de segurança, de conforto da equipe. Eu entendo como algo necessário e que dá um suporte, mas também fortalecimento para a cadeia produtiva do cinema em audiovisual paraibano”, acrescenta.
Produção – O roteiro e direção do filme é de Tiago Brandão, historiador, pesquisador de Tomás Santa Rosa desde 2015, com artigos, dissertação e trabalho de conclusão do curso de História publicados. Ele vem pesquisando a vida e obra do artista há algum tempo, com a ideia de demonstrar a importância dele para o nosso território e trazer essa contradição de ele ser tão gigante e reconhecido em outros lugares, mas aqui, a cidade dele, não ser tanto.
Produção – A equipe teve um dia de pré-light e montagem e são quatro dias de set, de gravação, sendo os dois primeiros no Teatro Ednaldo do Egypto e os outros dois (11 e 12), visitando alguns pontos que são importantes para essa narrativa, no Centro de João Pessoa. A ideia é gravar na Praça dos Três Poderes, na Praça Rio Branco, na Avenida General Osório, na Praça Pedro Américo, na Aristides Lobo.
A diretora de produção Carolina Porto disse que parte desse processo é também mostrar as belezas da cidade e demarcar os passos percorridos nessa trajetória do artista. Ela observa que, como ele nasceu na Rua da Areia, é importante demarcar os passos do artista nesse ambiente, divulgando pontos turísticos do Centro Histórico.
O projeto ‘Uma vida que se tem, uma vida que se quer – Tomás Santa Rosa’ foi aprovado em dois editais: O Novíssimo Cinema Paraibano, da Funjope, e no da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), na Lei Paulo Gustavo.
A ideia da produção é chegar em alguns lugares de exibição. A princípio, na televisão, porque a narrativa tem um cunho de historicidade, mas também um recorte de memória, de salvaguarda do artista, e pende ainda para o quesito educacional. Assim a diretora acredita que, além das tvs, pode chegar nas escolas, nas universidades e, principalmente, nos festivais.
“Sendo ele um artista paraibano, temos mirado em festivais e possíveis mostras de cinema negro. Também nesse viés do cinema que conta histórias de personagens específicos e nessa contação da história de vida e de obra. Com esse cunho educacional, nossa janela será também as escolas e esses espaços de troca e construção intelectual”, completa a diretora.
JPFC – A João Pessoa Film Commission foi criada pela Fundação Cultural de João Pessoa e institucionalizada em 2022, envolvendo diversas secretarias, órgãos e instituições governamentais dos governos municipal e estadual.
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