O Governo de Minas Gerais promove a Feira Metropolitana e a Feira Estadual de Economia Popular Solidária, entre os dias 8 e 11/11, em Belo Horizonte, marcando o encerramento do circuito anual. A Feira, desenvolvida pela Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), foi realizada em 15 cidades mineiras ao longo de 2023, beneficiando aproximadamente 510 famílias empreendedoras.
Nos dias 8 e 9/11, a Praça Carlos Chagas, Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, recebeu a Feira Regional de Economia Popular Solidária da Região Metropolitana. Já entre os dias 9 e 11/11, o local abriga a Feira Estadual. Os eventos reúnem cerca de 90 empreendimentos econômicos solidários: 30 da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e 60 de municípios pertencentes às 15 Diretorias Regionais da Sedese.
Sedese / Divulgação
Com a realização das feiras em diversos pontos do estado, a Sedese apoia empreendedores locais, celebra a diversidade e promove uma economia popular mais inclusiva e sustentável em Minas Gerais. São vidas transformadas, como o caso da expositora Francisca Paulina.
“Faço parte da economia solidária desde 2002. A economia solidária, para mim, minha família e minha comunidade, foi uma porta que se abriu para começar a nova vida, por exemplo, me reconheci como cidadã brasileira, consegui o respeito de ser mulher. Na economia solidária somos quase 80% de mulheres. Agradecemos muito o Governo de Minas por essas feiras. Nosso trabalho é feito de reciclagem, todo reaproveitado. Eu aproveito calça jeans, retalho de couro. Tudo que poderia ir para o lixo, vira luxo na nossa mão. Somos o grupo que reaproveita, que trabalha, que se mantém e que é feliz”, celebrou.
Em visita ao espaço, a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, reafirmaou a importância do evento.
“As Feiras de Economia Popular Solidária desempenham papel muito significativo em diversas áreas, traz benefícios tanto para aqueles empreendimentos que participam, quanto para a comunidade em geral. Posso citar alguns como a inclusão social e econômica, porque a feira proporciona também oportunidades para diversos grupos marginalizados ou economicamente vulneráveis, e eles começam a participar ativamente da economia. Isso contribui muito para a redução dessas desigualdades. Importante frisar a geração de renda, pois muitos participantes são pequenos produtores, artesãos ou até empreendedores locais, e aqui eles passam a ter um espaço para vender seus produtos”, destacou a secretária.
“Com as feiras, também é valorizada a cultura local, ao destacar produtos e práticas daquela região de onde aquele grupo está inserido. Também cito o cooperativismo, porque muitas iniciativas da economia popular solidária são baseadas em princípios solidários, de colaboração, de autogestão, de solidariedade. A sustentabilidade também é um ponto forte, o consumo consciente, porque muitas vezes a gente tem produtos artesanais, orgânicos. Por fim, cito ainda a inovação, pois temos vários empreendimentos com essa pegada”, concluiu Jucá.
Neide Aparecida Martins também é presença marcante nas feiras.
“Faço artesanato e estou aqui para participar da feira estadual, que para mim é um meio de renda. Já tem uns dez anos que estou na economia solidária popular. Para a terceira idade é muito bom, a gente sai, faz amizade, conversa, vende e leva o sustento para casa. A gente completa a renda da aposentadoria com o artesanato. É um evento muito bacana, muito importante para muita gente, porque aqui tem muita família, e isso ajuda com a renda em casa. Aqui divulgamos muito nosso trabalho, que é bonito, bem feito. É um trabalho que é feito com muito amor, muita dedicação. Eu já participei de muita feira boa e vou continuar”.
Sedese / Divulgação
Beatriz Costa, da Secretaria Executiva do Fórum Mineiro de Economia Solidária, comemora a realização dos encontros. “Esse tipo de evento é muito importante para que pessoas de diferentes regiões se encontrem, troquem conhecimento e experiências”. Outro fator importante pontuado por Beatriz é a presença majoritária de mulheres gerando renda e produção inclusiva.
O subsecretário de Inclusão Produtiva, Trabalho, Emprego e Renda, Arthur Hélio Albergaria Campos, também esteve nas feiras. “Essa feira ocorre durante o ano em várias regiões do estado, e a gente finaliza com uma bela feira aqui em Belo Horizonte. É muito importante para esses empreendimentos ter esse espaço para que possam comercializar os produtos. São todos empreendimentos solidários, onde tem uma autogestão. É muito importante apoiarmos e participarmos efetivamente da realização dessa iniciativa”.
Artur finaliza com um convite à população. “Venha à feira, venha visitar, venha apoiar esses empreendimentos, algo que é muito importante no nosso estado”.
Investimento
Para a realização das 15 feiras regionais e da feira estadual, a Sedese investiu R$ 1,5 milhão. Em 2022, a Secretaria contratou, por meio de licitação, a empresa Foco Serviços LTDA. para realização, em 2023, das Feiras Regionais de Economia Popular Solidária e da Feira Estadual. Além da estruturação das atividades de comercialização em áreas públicas, o objeto do contrato prevê ainda um espaço de formação para os participantes.
Com a realização das feiras, a Sedese busca apoiar os empreendedores locais, celebrar a diversidade e promover uma economia popular mais inclusiva e sustentável em Minas Gerais.